HISTÓRIAS PARA A VIDA

Quando antigamente não havia este novo mundo tecnológico ao nosso dispor, as pessoas passavam grande parte do seu tempo contando histórias maravilhosas e surpreendentes, sendo a maioria delas resultantes das suas vivências e experiências ao longo da vida. Por esta razão, se respeitavam os anciãos,
detentores desta memória individual e coletiva.

Do mesmo modo que, o melhor auditório eram as crianças e os jovens sedentos de aventuras, que ansiavam por sua vez serem os protagonistas destas histórias e, porque não mesmo, serem os heróis que mais tarde regressariam, um dia, a casa com a glória e os louros alcançados após vencerem em primeiro lugar os seus medos…

Todo este contexto, vem a propósito da Visita a Salamanca dos alunos do 9ºA e 9ºB, que nos dias 30 e 31 de maio conseguiram concretizar. Inicialmente intitulado de projeto “H.A.P.P.Y. – Health, Awareness, People, Perseverance, Yeah” acabou por ser o resultado de sinergias de alunos, encarregados de educação e professores que quiseram proporcionar uma viagem, que poder-se-ia dizer de iniciática, pois
possibilitou sobretudo aos alunos vivências e experiências inolvidáveis, que nem os mais criativos poderiam imaginar, nem o melhor auditório poderá ouvir… Histórias escritas na pedra das catedrais com astronautas e gelados de três bolas comidas por um morcego. Uma ponte romana sobre o rio Tormes que, apesar da sua idade, continua a facilitar a entrada e saída da cidade e a testemunhar a aparição de “musas”inspiradoras de pintores e poetas, nas suas margens, mas hoje mais de biquínis…
Claro que não podiam faltar as vieiras, isto é, as conchas de Santiago que se podem encontrar um pouco por toda a cidade, mas sobretudo na decoração de um edifício único… quantas serão na realidade? Os segredos e os mistérios aumentam sempre o entusiamo…

Enfim, o rol de feitos destes heróis lousanenses serão ainda mais longos e possivelmente mais pessoalizados… todavia o que se passa pelas terras de Espanha, pois bem, fica em Espanha, até que um dia, um deles queira contá-los, à sua maneira como diriam os Xutos e Pontapés, entoados no regresso a casa no fim da aventura.

Finalmente, um obrigado a todos os que possibilitaram que esta viagem, fosse mais do que uma viagem e que os valores educativos emergentes contribuíssem para que todos fossem mais crescidos em solidariedade, respeito, convívio e descoberta.